MINHAS MEMÓRIAS DE MENINA
E nossa menina está radiante de felicidade,morando na Rua São Pedro,perto de várias coleguinhas de sala de aula,convivendo com elas e suas famílias,conhecendo várias outras pessoas,alegres companhias para os folguedos e brincadeiras de fim de tarde,após o banho e o jantar.E eram muitas amigas a se reunir para as rodas enormes,para o pique de esconder,as queimadas,chicotinho queimado,passar anel e muitas outras que não me vem à memória...e às nove horas as mães começavam a chamar e todas, obedientemente,se recolhiam às suas casas,sem retrucar e sem reclamar.Ainda não havia televisão,somente o rádio,centro das atrações,com suas novelas e séries:
Em 12 de julho de 1941, às 10h30, teve início ‘Em busca da felicidade’,primeira radionovela transmitida no país, através da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A obra mexicana foi escrita por Leandro Blanco, com adaptação de Gilberto Martins. Seus capítulos ficaram no ar por aproximadamente três anos.Após seu término, começou a cubana ‘O direito de nascer’, que foi a principal radionovela do Brasil.
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E,agora , devo lhes falar das freiras, figuras importantes na vida de nossa menina...começando pela querida Ir. Margarida, influência muito grande na vida intelectual de todas as alunas e, em especial, na vida de alguém cuja maior paixão na vida eram os livros, deixava qualquer diversão para se dedicar à leitura e sonhava em ser escritora um dia...Ir. Margarida era professora de literatura e também amava os livros. E instigava a nossa menina a escrever sempre, até mesmo para o jornalzinho do Colégio, que circulava uma vez por mês e tinha uma coluna escrita por alunas. Foi a sua estréia nas letras impressas, com uma pequena crônica " O Meu Ideal", cuja publicação lhe valeu inúmeros elogios e uma intensa alegria.
E,agora , devo lhes falar das freiras, figuras importantes na vida de nossa menina...começando pela querida Ir. Margarida, influência muito grande na vida intelectual de todas as alunas e, em especial, na vida de alguém cuja maior paixão na vida eram os livros, deixava qualquer diversão para se dedicar à leitura e sonhava em ser escritora um dia...Ir. Margarida era professora de literatura e também amava os livros. E instigava a nossa menina a escrever sempre, até mesmo para o jornalzinho do Colégio, que circulava uma vez por mês e tinha uma coluna escrita por alunas. Foi a sua estréia nas letras impressas, com uma pequena crônica " O Meu Ideal", cuja publicação lhe valeu inúmeros elogios e uma intensa alegria.
E havia a professora de francês, Ir. Virgínia, uma francesinha "mignon", proveniente de uma pequena aldeia no sul da França e que as alegrava quando simulava uma tempestade, imitando
todos os ruídos, numa sonoplastia perfeita, enquanto gritavam os nomes e terminavam com um grande ' Arc en ciel"...infelizmente esta dádiva que existiu em suas vidas, adoeceu e foi enviada para o convento da França de onde era oriunda. Nunca mais tivemos notícias de nossa querida freirinha...em seu lugar Ir. Judith , uma medrosa freira que se deixava dominar pelas mais velhas e rabugentas e até mesmo por algumas alunas muito maldosas ( sim, meus amigos, havia bulling naquela época, só não havia o nome), que descobriram a amizade dela com um livreiro da cidade e usavam este pretexto para atormentá-la. E enquanto não a viam aos prantos, não cessavam as implicâncias.
Nesta ocasião chegou ao colégio vinda do sul do país, uma quase noviça, Ir. Christina, professora de inglês e recém saída da adolescência. Linda, meigos olhos azuis, um sorriso doce e uma voz meiga e cantante. Todas nós nos apaixonamos pelo inglês...( corria um boato que outra freira também se apaixonara, mas não era pelo inglês). E nós achávamos a história linda.
Outra professora que a encantava era a Ir. Julieta, de desenho e trabalhos manuais. Não levava muito jeito para os trabalhos manuais e , enquanto as colegas bordavam toalhas e belas colchas para o enxoval, ela só conseguiu bordar um avental. Mas no desenho se revelava...eram páginas e mais páginas de belíssimas paisagens ( e ainda ajudava as colegas).
Ir. Rita de Cássia, Ir.Nati, cujo nome era Natividade, Ir. Célia, Ir.Teresinha. E a querida Ir. Cândida, uma freira iluminada, cuja presença trazia Paz e tranquilidade.
A memória me traz a figura de cada uma delas e o papel de cada uma em determinado momento da vida.
Ir. Áurea, a professora de latim, desvendou para a nossa menina um mundo de declinações e traduções dos clássicos.
Hoje, olhando para trás, revejo e sinto saudades deste tempo de inocência e descobertas. Uma menina "vestida de azul e branco,trazendo um sorriso franco, no rostinho encantador" , como dizia a letra da música cantada por Nelson Gonçalves.
E aqui fica uma lágrima enquanto a lembrança passeia pelos bordados dos caminhos traçados e pela organza dos sonhos revividos...
Com um beijo eu me despeço. Mas voltarei, com certeza!
Outra professora que a encantava era a Ir. Julieta, de desenho e trabalhos manuais. Não levava muito jeito para os trabalhos manuais e , enquanto as colegas bordavam toalhas e belas colchas para o enxoval, ela só conseguiu bordar um avental. Mas no desenho se revelava...eram páginas e mais páginas de belíssimas paisagens ( e ainda ajudava as colegas).
Ir. Rita de Cássia, Ir.Nati, cujo nome era Natividade, Ir. Célia, Ir.Teresinha. E a querida Ir. Cândida, uma freira iluminada, cuja presença trazia Paz e tranquilidade.
A memória me traz a figura de cada uma delas e o papel de cada uma em determinado momento da vida.
Ir. Áurea, a professora de latim, desvendou para a nossa menina um mundo de declinações e traduções dos clássicos.
Hoje, olhando para trás, revejo e sinto saudades deste tempo de inocência e descobertas. Uma menina "vestida de azul e branco,trazendo um sorriso franco, no rostinho encantador" , como dizia a letra da música cantada por Nelson Gonçalves.
E aqui fica uma lágrima enquanto a lembrança passeia pelos bordados dos caminhos traçados e pela organza dos sonhos revividos...
Com um beijo eu me despeço. Mas voltarei, com certeza!
21 comentários:
Que belo capítulo e recordações de cada irmã que passou pela vida...Cada um ,de um jeito, deixou uma marca! beijos, tudo de bom,chica
Bom dia minha querida Leninha.
Belas lembranças de um tempo de feliz idade.
Bom vir aqui e reencontrar um tempo que deixou suas marcas.
Lendo lembrei da Irmã Elizabeth que me estimulou aos livros, tive a sorte de entrar no Colegio na abertura para homens (meninos) pois era o melhor da cidade para quem pensava estudar mais. Pela Itabira as irmãs passaram por estas brincadeiras de difamação, bem como o padre mais autoritário. Hoje lendo algumas denuncias no Vaticano, repensamos esta coisa, mas cada um viva sua vida né?
Muito boa postagem com esta alegria da senhorinha.
Um abração com carinho.
Beijo no bom fim de semana e todo cuidado por aí.
Bom dia de muita paz, querida amiga Leninha!
Que Deus proteja você do Vírus malvado!
Estou ouvindo a normalista do Nelson...
Querida, seu conto vivencial está digno de um livro de reminiscência bem elaborado.
Leio bom tanto carinho e me edifício nas lembranças tão bonitas.
Tenha dias abençoados e muito felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
É verdade, minha querida amiga Chica. Sempre fica uma marca de cada pessoa que passa em nossas vidas. E, pode crer, minha querida, você tem deixado marcas indeléveis aqui neste nosso mundo dá blogosfera! Um beijo carinhoso!
Toninho muito querido,
Você teve sorte, como eu, de frequentar um colégio de freiras, principalmente naquela época em que a educação era bem cuidada e tratada com muita atenção. Que bom saber que despertei estas lembranças antigas em sua memória. Sempre é muito bom recordar. Principalmente quando são boas estas recordações.
Obrigada por suas carinhosas palavras e por sua visita sempre bem vinda! Um fraterno 😘 beijo!
Ah, concordo plenamente com você. Cada um leva a vida como quer!!!!
Roselia querida,
Primeiramente quero retribuir os seus carinhosos votos de um feliz dia! Que seja doce e abençoado por Deus!
E que Deus te proteja também deste malfadado vírus!
Não me canso de agradecer, sensibilizada sempre, a sua visita e as suas palavras elogiosas( com exagero de amiga, não é verdade?).
Espero continuar a lhe trazer boas lembranças, como a da música Normalista.
Um beijo carinhoso pra você!!!
Roselia querida,
Primeiramente quero retribuir os seus carinhosos votos de um feliz dia! Que seja doce e abençoado por Deus!
E que Deus te proteja também deste malfadado vírus!
Não me canso de agradecer, sensibilizada sempre, a sua visita e as suas palavras elogiosas( com exagero de amiga, não é verdade?).
Espero continuar a lhe trazer boas lembranças, como a da música Normalista.
Um beijo carinhoso pra você!!!
Sempre um prazer renovado vir me encantar com esses sonhos da menina dos cachinhos! Beijo, Leninha"
Muito querida amiga Lúcia,
Que bom saber que gostou das aventuras da menina dos cachos! Obrigada por suas carinhosas palavras e por sua visita ao meu cantinho.
Bjsssssssss
Dizes no teu subtítulo do Blog:
"Sonhar é realizar os sonhos...viver todos os momentos com intensidade,sentir o encanto das manhãs e a magia do entardecer...voar nas asas do sonho e dos encantos."
Eu concordo plenamente. Até porque o teu desfiar de Recordações tem sido prova provada que a Senhorinha viveu e continua a viver um percurso real dos sonhos.
Parabéns. Te saúdo, Amiga.
Beijo
SOL
Meu querido amigo Sol!
E não é que você continua a ser um SOL a iluminar a cinzenta manhã da minha serra, a iluminar o meu dia e a minha alma?
Gratidão por suas carinhosas palavras e gratidão por ter a sua amizade, meu inspirado amigo poeta!
Um beijo carinhoso!
Lindo Mãezinha
A espera doproximo
Muito obrigada, meu querido filho Toninho! Fiquei muito feliz ao ver que você gostou. Esta semana que vem postarei novamente! Um beijo carinhoso pra você!
Boa tarde. Há muito não vinha por aqui. Hoje pelo face cliquei no post . Eu amo conto autobiográficos. Suas memórias nos trazem suas marcas do tempo e nos deixam a alegria de penetrar em suas histórias, Virei com mais assiduidade. bjs
Adicionei seu link na minha lista de blogs assim ficará mais fácil. Não tenho no meu blog local que visualize as atualizações amigas. No meu só se cadastrando no lado direito acima por seu e-mail receberá atualizações automáticas. bjs
O tempo que deixou suas marcas e estas não se perderão. Vão ficando mais vivas pelo recreio das Memórias.
renovados Parabéns.
Beijo
SOL
Não te admires, minha doce Leninha pela minha ausência e demora mas este senhor vírus me leva à falência...
Não foi minha intenção rimar , mas a quarentena mal começou e ainda há tanto para andar....
Mas prefiro deixar para trás o que o que aflige( se não chegar a infligir...) e vou a correr pegar nas tuas lembranças que tanta alegria me trazem.
Quem não gosta de se encontrar ao fim da tarde e do banho, no Largo ? Como tu, também gostava só que não me era permitido sair fora dos portões. Ficava junto ao gradeamento a saborear e sorrindo com a liberdade dos outros .
Tiveste muita sorte no colégio! Para mim, a única recordação foram as aulas de piano. Irmãs muito severas.
Mas, como sempre tiraste partido de tudo, até atraías a felicidade que te inundava e que por seu turno, inundavas as outras colegas.
Admirei-me de já teres latim. Hoje...já era. O berço da nossa língua fica esquecido como outras tantas coisas.
A bondade com que sempre tratavas ou outros, fazia de ti o fulcro das atenções.
E eis porque admiro o teu estilo, a forma como tratas o leitor. Já vem de longe, agora sei!
Por isso, agora mais que nunca, as tuas dissertações nas tuas memórias, são pérolas como testemunho da tua enorme grandeza.
Um beijo ternurento, minha tão querida Leninha!
Minha doce amiga Manu,
Também aqui o vírus está a fazer das suas e nos deixando de cabelo em pé...nossa cidade também está fechada,não podendo entrar quem não for morador.
E,quanto á minha felicidade com o colégio e as freiras, era algo tão natural, devido ao temperamento da nossa menina, tão feliz em conviver com várias pessoas ao mesmo tempo.E não penses que era livre para fazer o que lhe desse na telha...não podia, por exemplo frequentar o clube como as colegas o faziam. O pai proibia terminantemente, alegando que não era lugar para "meninas direitas"...rsrsrsrs. Tinha discussões ferrenhas com ele e nada adiantavam os seus argumentos, era inflexível.
Mas as freiras eram mesmo um capítulo à parte...enérgicas e firmes, porém carinhosas na medida certa, o que veio a influenciar a sua atitude ao se tornar professora um dia.
Obrigada por sua carinhosa atenção, mesmo estando tão "assoberbada" de tarefas, minha querida! Um beijo carinhoso!!!
Leninha, querida, que refresco para a alma ler e reler suas memórias...
Como eram deliciosos os finais de tarde, noitinha...Confesso que quase sempre entrava para dentro de casa tomando umas palmadas de minha vó por não obedecer qdo ela chamava para entrar.
Belas memórias das professoras, suas influências, ensinamentos, vidas...
Tudo lindo e emocionante!
Abração, amiga, cuide-se por aí!
Dalva, minha querida!
Sinto-me tão bem ao perceber que trago recordações tão preciosas à sua mente. É uma sensação gostosa que me faz até ouvir a sua voz falando comigo. E ,neste momento em que estamos todos em casa numa quarentena espontânea, o conforto da companhia de amigos é muito mais importante.
Obrigada por trazer alegria à minha tarde de domingo. Obrigada por seu carinho, tão importante! Um beijo carinhoso pra você!!!!
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