SONHOS E ENCANTOS

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segunda-feira, agosto 27, 2012

Memórias de uma senhorinha/ O primeiro filho







"Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.” Dalai Lama

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“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio.

Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar.

Precisamos das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes.São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.
Bendito quem tem asas e raízes; e pobre de quem tem apenas um dos dois.
Paulo Coelho




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E nossa senhorinha, apesar da pouca idade, já professava esta teoria e cuidava do filho com o objetivo de fazer dele um cidadão do mundo, com raízes em seu rincão natal e asas para alcançar amplos e distantes horizontes.

Tornou-se criança novamente e com ele brincava e subia os pastos, cantando alegremente, deitava-se com ele e mostrava-lhe as estrelas, contava-lhe histórias e falava-lhe do mundo, dos sonhos e dos seus mais profundos desejos em relação a ele e ao seu futuro...era uma criança dócil e meiga,carinhosa e bem humorada.Sua risada enchia a casa de alegria ... amava os animais e todos os colonos o estimavam e com ele brincavam.
 Aos domingos viajavam para Muriaé e os avós se encantavam com a criança dócil e alegre.A tia o mimava e o carregava para todos os lugares onde ia.A bisa contava-lhe as mesmas histórias que alegraram a infância de nossa senhorinha, sendo que, a que ele mais gostava era a de Pedro Malasartes.E se divertia com as estrepulias do herói sem caráter, tendo a avó que esclarecer o lado errado do espertalhão.




E é lógico que os houve, mas nada que fosse tão insuportável, tão difícil para uma pessoa como a nossa senhorinha, tão cheia de vida e na flor da idade.Algumas vezes ela passou por "perrengues",como se dizia por lá, como quando ele teve a primeira infecção de garganta e muita febre.Uma convulsão quase a tirou do eixo,mas possuía um livro mágico...o livro do Dr Rinaldo Delamare,  "Meu Bebê" era a sua Bíblia...nele aprendeu a mergulhar a criança em uma água gelada,tão logo a febre começasse a subir e assim ela fazia.Vinha-lhe sempre à mente a imagem da mãe e da avó, quando a irmã teve a primeira convulsão... foram as duas para a varanda, com a criança nos braços, chorando desesperadas...ela sabia que não era grave e que não deveria se desesperar. Sempre soube conservar a calma e o sangue frio em todas as circunstâncias, afinal morava longe de qualquer recurso médico e tinha que aprender a tudo solucionar.
 A experiência adquirida com o irmão que ajudou a criar, também foi um fator importante para este amadurecimento.
Não sabia cozinhar, mas aprendeu com o mesmo livro e fazia as sopinhas e, mais tarde as comidinhas sólidas de acordo com cada fase da vida do filho.
Para não ficar parecendo que tudo foram flores, devo contar um episódio ocorrido na primeira viagem que fizeram com os sogros para São Lourenço.
O sogro tinha um carro Chevrolet,novo e bem equipado,sem defeitos e com ele faziam viagens longas, nunca tendo acontecido nenhum percalço.O motorista,experiente e capaz, o conduzia com segurança e profissionalismo.Mas, há sempre um mas, nas melhores histórias, principalmente nas que abordam a vida real...mas, naquele dia o carro parou no meio de uma estrada deserta e se recusou a continuar a viagem...nada o fazia pegar, faltava água no radiador e não havia nada nem ninguém nas proximidades.
O problema maior era que nossa senhorinha não tinha prática de viajar com crianças e não havia trazido água para o pequeno Toninho, que por sua vez, chorava desesperadamente, melhor dizendo, BERRAVA, e nada se podia fazer...nossa amiguinha o colocava no peito(o leite materno supre a necessidade de água), mas nada o fazia parar de chorar.A sogra e o sogro a recriminavam e ela, mais que todos se culpava, por não ter se lembrado da mamadeira com água.Quando, enfim, chegaram a São Lourenço, estavam todo estressados e cansados, mas enfim o bebê conseguiu beber a água de que tanto necessitava. 
Foi um maravilhoso passeio e nele ela descobriu que estava grávida...o segundo filho estava à caminho.Uma felicidade para todos,uma benção para a família.
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Amigos queridos,não consegui postar as fotos prometidas...o formato não foi reconhecido...

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Eu vou, mas voltarei na próxima semana. Bjssssssssssssss

 

segunda-feira, agosto 20, 2012

Memórias de uma senhorinha





 
Roda mundo,roda gigante 
Roda moinho,roda pião
O tempo rodou num instante
                             Nas voltas do meu coração

E o tempo, este senhor de nossas vidas, rodou de repente, como na música do Chico Buarque...

E vamos encontrar nossa senhorinha a preparar as malas com o enxovalzinho e o coração acelerado pela emoção na expectativa de sua estréia em um papel por ela ensaiado durante anos e sonhado em seus mínimos detalhes: a maternidade e com ela as perspectivas de alegrias infinitas.
Eis que chega o grande dia...  pela manhã sente uma ligeira cólica, que vai aumentando num crescendo exagerado, até que diminuem os espaços entre uma e outra e ela, que não previa uma dor tão forte (era medrosa e seu limiar para a dor sempre fora mínimo), se viu a gritar como uma criança, não se importando com as recomendações do pai e da mãe que lhe pediam calma.


Foi, aos gritos, para o hospital e lá, depois de um tempo que para ela se afigurou como uma eternidade, seu querido médico de cabelos cor de neve a enviou para a sala de parto, onde a amada enfermeira, sua vizinha e conhecida desde a infância, Dna Eva, a preparou para o parto... experiente parteira, a acalmou e com seu carinho a conduziu e orientou. E, enfim se ouviu o choro do bebê tão esperado... e com este choro, a alegria em seu coração e nos de seus pais, irmãos e de sua avó Quitita, bisavó miudinha e esperta de seu primeiro bisneto. Durante uma semana, o resguardo no hospital e depois a volta para casa, onde todos aguardavam ansiosos a sua chegada.

Já em casa, uma nova rotina em sua vida... de três em três horas amamentar, trocar fraldas, fazer dormir o bebezinho que ouvia as músicas que ela cantava como se entendesse e se cuidar para que o leite "ficasse forte"...alimentação de parturiente naquela época era reforçada... canjas de galinha (que alguns chamavam "sopa de mulher parida"), cerveja preta (que ela adorava), canjica de milho branco e muito, muito leite, muito queijo e bastante repouso. Era um verdadeiro regime para engorda, mas nossa senhorinha continuava magrinha, para desespero das duas (mãe e avó), que a queriam gorda e "forte".

Receita da Sopa de Mulher Parida

 

Sopa de Mulher Parida

Uma galinha bem gorda 
300g de farinha de milho
salsa e cebolinha


Como fazer a sopa
Cortar a galinha em pedaços e cozinhá-la (hoje pode ser na panela de pressão), com todos os temperos, menos a salsa e a cebolinha. Após o cozimento, colocar os pedaços em uma tigela. Manter o caldo em fogo baixo e acrescentar a farinha de milho, mexendo sempre para não empelotar. Quando ferver, despejar o caldo sobre a galinha e jogar por cima a salsa e a cebolinha. Servir com arroz.

A avó preparava a sopa e cuidava das fraldinhas... tinham que ser lavadas e fervidas. A mãe se ocupava do quarto e de vigiá-la para que nada fizesse... o resguardo era algo muito sério, não podia ser "quebrado". A sogra vinha todos os dias dar o banho e curar o umbigo e era todo um cerimonial. Retirar e colocar o cinteiro bem firme, o pobre "nenem" parecia engessado, depois a fralda e o cueiro, também apertado, um horror!
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Durante muitos anos, se usou o cueiro em bebês. Em uma determinada época ele foi renegado e preconizou-se o hábito de deixar as crianças livres e soltas. Hoje, procurando  fotos de cueiros(antigas), deparo com uma moderna pesquisa sobre as vantagens do mesmo.

Segundo pesquisadores holandeses o uso do cueiro torna os bebês mais calmos, até a oitava semana de vida, pois eles se sentem mais protegidos quando bem enroladinhos em um pano. Foi a vitória das avós que protestaram quando o mesmo foi banido. Segundo os mesmo cientistas os cueiros são imprescindíveis para prematuros e crianças abaixo do peso, que são mais agitadas que as outras.

Um bebê de hoje devidamente enrolado.

Pesquisa holandesa reabilita o cueiro

Mas houve um terceiro grupo: os que introduziram a mesma rotina calma do segundo grupo e acrescentaram o hábito de embrulhar os bebês em cueiro antes de colocá-los no berço. Esses tiveram uma redução significativa nas horas diárias de choro.
Segundo os pesquisadores, o uso de cueiro mostrou-se extremamente eficaz para os bebês até oito semanas, pois eles se sentem mais seguros como se estivessem ainda no útero,

assegurando  os cientistas, que o cueiro seria imprescindível para bebês prematuros ou de pequeno peso, que habitualmente são mais agitados.


O primeiro filho, por tradição da época, da família e dos costumes mineiros, recebeu o nome do pai, Antônio Lucas e foi logo chamado de Toninho. Era uma criança calma, que  dormia tranquila durante quase toda a noiteMuito lindo, logo se tornou o xodó da família materna e da paterna também, por seu gênio calmo e bem humoradoE a tia era sua maior fã, cuidava dele com carinho e desvelo... o que lhe valeu o convite para ser sua madrinha.

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Na próxima postagem,colocarei as fotos do bebê.Aguardem.


Até a próxima semana,meus queridos.

                                Bjssssssssssssss,
                                                           

segunda-feira, agosto 13, 2012

MEMÓRIAS DE UMA SENHORINHA / A ESPERA


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O berço, escolhido a dedo, pelo pai de nossa amiguinha, esperando o pequeno habitante prestes a chegar.


E o tempo, célere correu... mãos habilidosas teciam finas roupinhas, sapatinhos surgiam das agulhas da avó, monogramas eram bordados com delicadeza em colchas, mantas e lençóis.
E as roupas da futura mamãe? Batas de fustão, saias retas, vestidinhos largos ...Este era o "uniforme" das grávidas daquela época...

 O mundo, em sua eterna mutação,se transformava, mas nossa senhorinha só tinha olhos para as transformações que estavam ocorrendo em sua vida.


História Mundial
Política:
. 25/Mar: Bélgica, França, República Federal da Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda assinam em Roma os Tratados que instituem a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom), entrando em vigor em 1 de Janeiro de 1958..
Ciência:
. 04/Out: A União Soviética coloca o primeiro satélite em órbita, o Sputnik-1. Pesava apenas 83 kg, tinha um órbita de uma hora e meia a uma altitude máxima de 934 km e emitia um sinal rádio.
. 03/Nov: A União Soviética coloca em órbita a cadela Laika, primeiro ser vivo a ser enviado para o espaço, a bordo do Sputnik 2.
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  Na música,a Bossa Nova começava a dar os primeiros passos:
 Considerado o ano inaugural do movimento musical urbano da Bossa Nova, a partir de um anúncio de um show de "samba sessions" no Grupo Universitário Hebraico. Uma secretária teria se referido aos músicos a se apresentarem como uma "turma Bossa Nova" no aviso escrito num quadro negro. Isso fez muita gente perguntar para os músicos envolvidos: "Vocês são os Bossa-Nova?".[carece de fontes
Algumas das músicas que nossa senhorinha escutava em seu radinho de pilha:
 

  -A Volta do Boêmio - Nelson Gonçalves
  -Chove Lá Fora - Tito Madi
  -Only You - The Platters
 -É Luxo Só - Elizeth Cardoso
  -Por Causa de Você - Silvia Telles
  - Se Todos Fossem Iguais a Você - Maysa
  - Bom Dia, Tristeza - Aracy de Almeida
-Pensando em Ti - Nelson Gonçalves
  -Vai Com Jeito - Emilinha Borba
-Noites Cariocas - Jacob do Bandolim
  -Saudade da Bahia - Dorival Caymmi
- Madureira Chorou - Joel de Almeida
  - Acorda Maria Bonita - Volta Seca
  Evocação - Bloco Carnavalesco Batutas de São Joséazenda
-Whatever Will Be, Will Be (Que Será, Será) - Doris Day,
  -Maria dos Meus Pecados - Agostinho dos Santos
  -Franqueza - Maysa
 -Banana Boat (Day-O) - Harry Belafonte
  -Love Me Tender - Elvis Presley
  -Prece de Amor - Cauby Peixoto
  -My Prayer - The Platters
  -Laura - Jorge Goulart
  -Sonhando Contigo - Anísio Silva
  -Revendo o Passado - Orlando Silva
-The Poor People Of Paris - Les Baxter

segunda-feira, agosto 06, 2012

Memórias de uma senhorinha










Hortência,Antônio Lucas,Margarida,Brandãozinho e Angélica /Sentados:D. Maria José e o Sr Brandão



                    A família reunida

Esta era a sala da casa de Muriaé que nossa senhorinha passou a frequentar aos domingos,conduzida pelo sogro e pelo marido que não dispensavam estas reuniões familiares.
E era uma casa alegre,repleta de risos das crianças,do movimento das cunhadas e da voz forte do sogro,homem de movimentos amplos e coração terno.

As cunhadas eram um capítulo à parte,gostavam de música e a sogra sempre tocava e cantava...Peixe Vivo,na época fazia sucesso e todos se reuniam na sala para cantar.
Uma alegria!

De manhã  iam à Missa , a sogra e o sogro tinham lugar cativo ...quando adentravam a Igreja , para ela se voltavam todos os olhares...muito bonita,alta e elegante,lembrava as heroínas dos filmes de Hollywoood.
 
À noite a Igreja toda se iluminava e era linda,com seus arcos e colunas.E para lá se dirigiam novamente para a benção do Santíssimo e as ladainhas em latim...o sagrado era mais intenso e o aroma do incenso reforçava esta  sensação.

  A Bênção do Santíssimo, segundo o uso atual, entra geralmente um molete à Eucaristia (O salutaris Hóstia, Ave verum), diversos cânticos em louvor de Jesus Sacramentado, de Nossa Senhora, dos Santos e o Tantum Ergo. Todavia, deve-se notar que a parte litúrgica, rigorosamente exigida pela Igreja e formando a essência da Bênção, consta unicamente do Tantum Ergo, do Genitori, do versículo Panem de Coelo com o respectivo responso e da oração Deus qui nobis, precedentes a Benção do Santíssimo.
Para a Bênção do Santíssimo, o celebrante veste sobrepeliz, estola e capa. Por duas vezes, após a exposição e no Genitori, incensa-se o Santíssimo Sacramento. É sinal de honra e adoração, tributada a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presente na Hóstia consagrada.
Parecia que a nossa amiguinha se sentia no céu ao acompanhar as cerimônias...talvez a sua fé fosse mais ligada ao profundo encanto que as palavras em latim exerciam sobre ela...à infância no Colégio de freiras,aos hábitos adquiridos com a mãe,só sei que na época era algo muito forte em sua vida.
Após as orações, a visita à casa dos pais da sogra(o pai já havia falecido)onde se reencontrava com a doce vovó Gabriela.A casa ficava em frente à Igreja e era uma construção  sólida e atraente com sua varanda e duas escadas de acesso à mesma.

Do lado direito,a casa branca
  • Vamos voltar à casa e às cunhadas,muito importantes na vida de nossa senhorinha.A primeira da foto inicial,Hortência,bonita morena,alta e simpática.Já estava casada e tinha três filhos nesta época,tendo tido mais um depois que se conheceram.Tinha um gênio forte e impulsivo,lidava com as empregadas da casa com pulso firme e era o braço direito da mãe.Fez seus estudos em Juiz de Fora,no Colégio Stella Matutina, onde era exímia jogadora de volley.Saudosa deste tempo,fez da cunhada sua confidente e lhe mostrava as fotos com seu time,deslumbrando a nossa menina com suas recordações.Adorava o pai,era seu ídolo e tudo fazia por ele.Elas se tornaram grandes amigas. Seus filhos eram arteiros e ela uma mãe muito enérgica.

  •   A segunda na foto,era a mais nova,Margarida,morava no Rio e só aparecia nas férias.Os filhos,adoravam vir à casa dos avós e era uma felicidade quando se reuniam 
  • .Era muito independente,dirigia seu próprio carro e sua elegância e beleza a todos encantavam.Muito fina e educada, também tinha um temperamento forte,suas empregadas a respeitavam muito.Quando chegava,movimentava a casa.
A mais velha, e última na foto, se chamava Angélica,era farmacêutica,mas não exercia a profissão,morava em uma fazenda em um local próximo à Muriaé ...o nome da fazenda era Chalé e foi herança que o marido recebeu dos avós,Barões do tempo do Império,cujo brazão adornava a sala de estar da imensa casa.Ela cuidava da fazenda com o marido e tinha quatro filhas,lindas e altas,com aspecto nobre e delicado.

O cunhado era também casado e sua esposa,Marlene se tornou uma de suas melhores amigas.Tendo sido criadas na mesma rua em Muriaé,a rua São Pedro,participaram das mesmas brincadeiras e tinham muitas afinidades.
Haviam se casado um ano antes e já tinham um filho,um bebê forte e grande,o José,mesmo nome do avô e do pai.
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E os sábados e domingos transcorriam alegres e barulhentos...o pai sentia ciúmes da nova família que tomava tanto tempo da filha...mandou fazer um novo quarto na casa para que ela tivesse o seu cantinho e não ficasse somente na casa do sogro.Ela sempre gostou de decoração e transformou o quarto de acordo com seu gosto na época,enfeites hippies,colcha de chitão e alegres cortinas na janela.E uma bela cama "patente",para completar...
.Seus livros ficavam em um cômodo na parte de baixo da casa e lá ela estendeu um belo tapete ,um colchão forrado de cetim e mil almofadas coloridas...era o seu refúgio.

A irmã e o irmão adoravam ficar com ela e ouvir as histórias que contava...tinha que dividir o tempo entre as duas famílias.
Sonhos?Ela os tinha,muitos.Desejos?Também, e um deles era ter um filho...e já estava a esperá-lo.
A mãe e a avó se desdobravam para fazer o enxoval...sapatinhos,camisas de pagão,camisolinhas,cueiros,babadores e fraldas.Porque as fraldas eram feitas em casa,embainhadas e alvejadas...
Os lençóizinhos eram bordados em ponto matiz e mais outros que a avó lhe ensinava.Linhas coloridas passaram a fazer parte do seu dia a dia...

 
E todos se empolgavam...


Mas só na semana que vem iremos falar sobre esta doce espera.Aguardem!!! 
 

 


Minha querida e linda sobrinha Marcela, A vida é uma eterna ciranda a nos conduzir prá lá e pracá... e em uma destas voltas viemos para Tere...

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