E
vamos encontrar a nossa senhorinha a alinhavar sonhos e colher estrelas
enquanto se debruça sobre a história da baronesa e mergulha em seus
pensamentos. Planos de uma nova vida, esperança com nome e endereço de uma aldeia que já se descortinava e lhe acenava com uma promessa...
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A nossa senhorinha havia lido sobre a aldeia:
E eis que chega o tão esperado dia...malas no bagageiro da carruagem e ela, coração aos pulos, se dirigindo ao Rio de Janeiro. Na boléia o fiel cocheiro, triste por estar a conduzir a menina que vira crescer e era um pouco sua filha também.
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E o tempo, ah o tempo, que passa célere e caprichoso e a correria para chegar à tempo de pegar o vapor, apagam as últimas lágrimas que teimavam em inundar seus olhos e sua face.Providências devem ser tomadas e conta com a prestimosa ajuda do Jerônimo ( era este o nome do cocheiro)para transportar a bagagem (que não era pequena)para o vapor que já estava atracado no cais.Pessoas iam e vinham em um constante movimento de chegadas e partidas, umas felizes e radiantes e outras carregando o peso do mundo em suas fisionomias.Mas a vida é assim mesmo.
O correr da vida embrulha tudo
A vida é assim;esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta
O que ela quer da gente é coragem.
Guimarães Rosa
...e coragem não faltava à Baronesa e muito menos à nossa Senhorinha que, dia após dia,fazia do magistério uma missão, não deixando porém de ir á luta por seus direitos.E que não se furtava de liderar uma greve, mesmo tendo que enfrentar a rejeição de todas as colegas, mansas ovelhinhas que caminhavam para o " abate" com um sorriso nos lábios,escondendo a mágoa pelos salários atrasados, ínfimos salários que nem de longe compensavam as horas de fadiga em casa, preparando os planos de aula e as horas de total dedicação aos alunos dentro da sala de aula.
E ela, corajosa e galhardamente, tomou para si a responsabilidade de iniciar a greve e de ir até Belo Horizonte se unir aos demais professores na luta por seus direitos.
Porém este é um assunto para a próxima semana...já me alonguei demasiadamente.
Eu vou, mas voltarei!!! Aguardem!!!
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A nossa senhorinha havia lido sobre a aldeia:
Ali bem pertinho de Ponte de Lima a escassos 6 km, junto a uma ponte romana, o Moinho de Estorãos convida a uma estadia romântica no seio da natureza. Esta antiga azenha recuperada para turismo no espaço rural, constitui uma unidade autónoma, com quarto, cozinha e sala, preservando o funcionamento da velha mó e a roda de moagem.
A decoração das paredes em pedra confere um ambiente rústico acolhedor com todo o conforto. O mobiliário e objectos tradicionais da terra conferem uma estadia de tranquilidade no campo. No livro de visitantes podemos ler os testemunhos de estadias inspiradoras. A paisagem surpreende pelas belezas naturais e o ar puro da Serra de Arga. Um lugar mágico, em que a poesia do silêncio da natureza faz despertar momentos de emoção embalados pelo ranger da mó nas águas da ribeira, até acordar para tomar um pequeno-almoço com pão fresco e compotas caseiras e partir à descoberta a pé, de bicicleta ou a cavalo nos trilhos .
E este seria o primeiro destino da baronesa com o intuito de desvendar os mistérios da aldeia onde cravaria o seu destino.O silêncio da natureza, a magia do local trariam para ela o encantamento e a delicadeza nos quais sua mente fervilhante se abasteceria para empreender a volta ao regaço das coisas simples.Quantos encantos guardariam as casas e as ruas da aldeia? Quantas histórias o limo daquelas pedras ocultariam?
E eis que chega o tão esperado dia...malas no bagageiro da carruagem e ela, coração aos pulos, se dirigindo ao Rio de Janeiro. Na boléia o fiel cocheiro, triste por estar a conduzir a menina que vira crescer e era um pouco sua filha também.
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E o tempo, ah o tempo, que passa célere e caprichoso e a correria para chegar à tempo de pegar o vapor, apagam as últimas lágrimas que teimavam em inundar seus olhos e sua face.Providências devem ser tomadas e conta com a prestimosa ajuda do Jerônimo ( era este o nome do cocheiro)para transportar a bagagem (que não era pequena)para o vapor que já estava atracado no cais.Pessoas iam e vinham em um constante movimento de chegadas e partidas, umas felizes e radiantes e outras carregando o peso do mundo em suas fisionomias.Mas a vida é assim mesmo.
O correr da vida embrulha tudo
A vida é assim;esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta
O que ela quer da gente é coragem.
Guimarães Rosa
...e coragem não faltava à Baronesa e muito menos à nossa Senhorinha que, dia após dia,fazia do magistério uma missão, não deixando porém de ir á luta por seus direitos.E que não se furtava de liderar uma greve, mesmo tendo que enfrentar a rejeição de todas as colegas, mansas ovelhinhas que caminhavam para o " abate" com um sorriso nos lábios,escondendo a mágoa pelos salários atrasados, ínfimos salários que nem de longe compensavam as horas de fadiga em casa, preparando os planos de aula e as horas de total dedicação aos alunos dentro da sala de aula.
E ela, corajosa e galhardamente, tomou para si a responsabilidade de iniciar a greve e de ir até Belo Horizonte se unir aos demais professores na luta por seus direitos.
Porém este é um assunto para a próxima semana...já me alonguei demasiadamente.
Eu vou, mas voltarei!!! Aguardem!!!
13 comentários:
Boa tarde de Sábado, querida amiga Leninha!
Uma beleza de conto que dá um livro inusitado. Gostaria muito de vê-lo publicado, amiga.
Dois questionamentos me chamaram atenção:
Quantos encantos guardariam as casas e as ruas da aldeia? Quantas histórias o limo daquelas pedras ocultariam?
Bem assim eu penso cada vez que passeio e contemplo os lugares, particularidade e outros...
Não dá para ver só as aparências... é preciso entrar na cena do mirado.
Tenha um lindo final de semana de bênçãos!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
https://espiritual-marazul.blogspot.com/
Minha querida amiga Rosélia,
Também penso assim a cada vez que visito uma nova localidade. E a cada pessoa nova que fico conhecendo...minha cabeça é como a da Baronesa, um emaranhado de pensamentos que se atropelam e se confundem, confundindo a mim também.
Obrigada pelo carinho de sempre. Um belo fim de semana para você!
Leninha, que aventuras para essas duas mulheres fortes, nestes tempos passados mais ainda. Muitos não consideram o passado e suas lutas qdo usufruem hoje de conquistas lá do passado. Precisamos de pessoas que lutam, grande senhorinha, ontem e sempre!!
Abração e ótimo domingo!
Oi amiga muito querida!
Pois é, Dalva, para aquela época era mesmo muito necessário um espírito forte e aventureiro, visto que as pessoas eram muito medrosas e davam uma importância grande ao " o que os outros vão pensar".
Você assimilou bem o sentimento da senhorinha. Grande sensibilidade! Obrigada, amiga!!!!
Tão lindo te ler,Leninha e nos colocas naquele cenário muito bem! Gosto de acompanhar e esperamos mais e mais! bjs, chica
Minha querida amiga Chica,
Bom demais da conta saber que gostou ! Este incentivo é o que me faz prosseguir. Muito obrigada! Um beijo carinhoso!!!
Leninha eu vi tudo! Cena perfeita relatada! Que amor. Adorei! Falas das frustrações e do amor das professoras. Abraço com admiração, querida!
E estás frustrações continuam até hoje, não é mesmo? Obrigada pela visita e pelas palavras carinhosas.
Um beijo carinhoso pra você!!!
Corrigindo: estas
Ah Dedêzinha que histórias tão comoventes e repletas de aventura e que nos transportam para outras épocas, com a senhorinha e com a baronesa. E, quando termino a leitura fica um gostinho de quero mais...foi tão bom você ter voltado a escrever!!! Até a próxima ...estarei aqui, com certeza!!! Bjsssss
Minha querida e meiga Marilda,
Suas palavras tão delicadas e carinhosas foram direto ao meu coração. É este incentivo que me faz continuar a tecer as minhas Memórias. Obrigada!!!!!
A esperança em todos os contratempos da vida e a fora anímica com que vestes as personagens são a tua imagem , minha querida Leninha.
Quer a baronesa quer a nossa Senhorinha têm o mesmo ideal de enfrentar os senãos da vida não se inibindo de confrontar os problemas com que se deparam. Afinal a vida nem sempre é uma planície com horizontes largos e sonhadores.
Com certeza que a vida da nossa baronesa será um sonho que ela irá completar com uma possível reaproximação do amado em terra acolhedora onde a invasão da cidade esfria e retrai a pacatez da aldeia.
Mas a nossa Senhorinha continuará a sua luta para melhorar a dignidade da profissão tão mal acarinhada pela sociedade e que ela abraça com o maior carinho.
Ler-te, minha doce Leninha, é um bálsamo e ao mesmo tempo alegria e coragem para lutar por dias melhores.
E transmites no teu estilo tão peculiar, essa doçura que entra no coração e nos reconforta !
Tão bom, teres voltado!
O meu beijinho muito carinhoso!
Minha doce e meiga amigairmã Manu,
Saber que estás lendo a alma da Senhorinha, que lês nas entrelinhas e percebes todas as nuances da personalidade aventureira das duas personas, me gratifica e me faz transbordar de alegre entusiasmo. Teu incentivo é muito importante para mim e me anima a retornar com afinco o caminho da Senhorinha...
Obrigada, minha querida. Um beijo e um afago.
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