Memórias
de uma senhorinha
Conhecendo os arredores
Quando
se muda para uma região o melhor que se tem a fazer , além de se tentar
conhecer os hábitos e costumes dos moradores, é uma visita de reconhecimento
aos lugares vizinhos. Assim nossa senhorinha aprendera com seu pai, nas várias
mudanças que fizeram durante toda a vida. Manhumirim, Laginha, Pouso Alegre,
Ponte Nova e Muriaé...foram as cidades onde moraram enquanto ela , menina ainda
, se adaptava a cada uma e a cada mudança de sotaque.
Desta
vez não teria a mão protetora do pai a conduzi-la pelas ruas a mostrar-lhe as
diferenças da cidade anterior...porém, e seu coração tinha certeza deste fato,
as suas palavras e os seus conselhos haviam calado fundo em sua mente e era
como se ao seu lado ele estivesse, percorrendo novas ruas, novas estradas,
novas trilhas...
Iniciou
a visita pela cidade de Prados, bela e acolhedora, trazendo ares bucólicos para
o seu passeio.
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Página
oficial Fonte WIKIPEDIA
Prados
é um município brasileiro do estado de Minas Gerais
A
origem de Prados remonta à descoberta de ouro no vale do Rio das Mortes, mesma
causa de ocupação de São João del-Rei e Tiradentes. O município sempre integrou
a rota dos turistas que transitam pelo circuito turístico Trilha dos
Inconfidentes. O centro histórico dessa cidade setecentista mantém igrejas e
casarões bem conservados. Ali viveu a mulher considerada como a mais atuante no
movimento da Inconfidência Mineira - a rica pradense Hipólita Jacinta Teixeira
de Melo, mulher do inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes. O casarão
que lhe serviu de residência após o degredo do marido é hoje um atelier de
artesanato que fica em frente à Igreja Matriz.
Segundo
a tradição, o povoamento local se deu através de uma bandeira chefiada pela
família Prado. Eles deram origem a um núcleo de mineração que, mais tarde,
tornou-se o Arraial de Nossa Senhora da Conceição de Prados, um dos mais
importantes do Termo da Vila de São José. Têm-se notícias de casamentos
realizados na Capela de Prados já em 1716. O fato de o lugar ter sido passagem
de boiadas e tropas muito contribuiu para o desenvolvimento da localidade. Em
15 de abril de 1890, o arraial foi elevado à vila e, dois anos depois, a vila
foi elevada à cidade.
Hoje,
além de sua memória histórica, Prados conserva também sua tradição musical que
tem origem nas cerimônias religiosas dos séculos XVIII e XIX. No mês de julho,
é realizado ali um festival de música erudita que faz parte do calendário dos
eventos mais importantes do Estado
O
destaque é para a Lira Ceciliana, fundada em 1858, um verdadeiro orgulho para
os pradenses que, constantemente, recebem estudantes de música de todo o
Brasil.
Outro
forte atrativo é o artesanato de primeiríssima qualidade que a cidade produz a
preços convidativos. Ao longo da avenida que dá acesso ao centro histórico, é
possível observar muitos dos coloridos e criativos atelieres que produzem
bonitas peças feitas em madeira e cerâmica. O couro também se transforma em
artigos para montaria, botas, sandálias, cintos e bolsas.
O Distrito
Vitoriano Veloso - mais conhecido como Bichinho - é um lugar muito especial.
Móveis, telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas e adornos em
geral estão por toda parte. O histórico vilarejo fica a apenas 8 km de
Tiradentes, com acesso por uma estrada de terra que proporciona um visual
encantador dos contornos da Serra de São José. Essa mesma estrada de terra liga
Prados a Tiradentes, passando por Bichinho.
O
município mantém um trecho da Estrada Real que conserva características originais.
Através da Rua Magalhães Gomes, tem-se acesso a esse trecho. Enfim, Prados é
arte. Uma produção muito rica para os músicos, artistas plásticos, turistas,
decoradores e lojistas que visitam o Circuito.
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A visita ao povoado de Bichinho foi uma experiência encantadora. Atualmente , Bichinho é um lugar conhecido por todos, porém naquela época era apenas uma rua, com algumas casas de adobe e soleiras de pedra sabão. A civilização ainda não havia chegado àquele povoado e as pessoas olhavam espantadas para os carros que ali chegavam. A lembrança mais forte que tocou o coração de nossa romântica senhorinha foi a visão de uma meninazinha loirinha , abraçada a um radinho de pilha, seu único contato com o mundo lá fora...um mundo do qual só sabia as músicas e notícias trazidas pelo seu aparelhinho...e saltitava ao som da melodia e seus pés descalços pareciam executar passos de balé naquele chão de terra vermelha...a felicidade fazia brilharem os seus olhinhos e o sol se refletia nas douradas mechas de seus cabelos. Uma imagem inesquecível certamente.
Hoje, Bichinho tem o nome citado em revistas, jornais e sites...naquela época era apenas isto...um lugarzinho acolhedor com uma menininha e seu radinho de pilha...e suas casinhas simples onde morava a felicidade.
Por hoje é só, meus amigos. Eu vou mas eu volto!!!
Leninha
Brandão