Memórias de uma
senhorinha
E nossa senhorinha,
enfim recebeu o telefonema que avisava da chegada de sua família... o coração , repleto de alegria, parecia não lhe
caber no peito. Contava as horas que faltavam para abrir a porta e abraçar os
entes tão queridos.Ansiava por escutar a buzina tocando alegremente.O filho mais novo ela já havia trazido consigo e fora também uma viagem surpreendente deste o início.
Dudu havia pedido que levassem a sua bicicleta e dentro do carro (uma Variant espaçosa , porém pequena para comportar a bagagem e ainda uma bicicleta. O irmão e Drinha (padrinho e madrinha do filho) tentaram prendê-la na parte detrás do carro, mas em vão foram todos os esforços...não havia como segurá-la. Aos prantos Dudu entrou no carro e em pranto passou a viagem... parou ao chegarem em Barbacena para lancharem e retomou o choro tão logo o carro se pôs em movimento. De nada adiantavam os pedidos e nem mesmo a doce voz da mãe o faziam interromper o choro. Foi um alívio quando chegaram em casa e ela pediu a um menino, irmão de um amigo, que a ele explicasse que poderiam alugar bicicletas e passear à vontade nas poucas ruas planas da cidade repleta de ladeiras. E a alegria voltou a brilhar nos olhos daquela criança tão doce e que, dificilmente, se aborrecia com alguma coisa.
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E enfim chegou o dia tão esperado e aconteceu o que nossa senhorinha havia previsto... todos reclamando do frio e das janelas basculantes que deixavam passar o ar gelado em sua junções. O irmão então teve a brilhante ideia de colocar jornais embolados em todas as frestas e todos os dias era aquela obrigação, todos ajudando e a história do frio passou a ser uma farra para todos eles.
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Vamos deixar a nossa senhorinha curtindo a sua família e a sua alegria.Eu vou, mas eu voltarei, viu?
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Vamos deixar a nossa senhorinha curtindo a sua família e a sua alegria.Eu vou, mas eu voltarei, viu?
Leninha Brandão