Não pensem que estão no blog errado é o Sonhos e Encantos e as Memórias de uma senhorinha que estão a ler...
Acontece que a irmã e ela assistiram a uma peça, no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro, que as marcou profundamente e, não só a elas, mas a todos que tiveram a oportunidade de assistí-la...a peça em questão " Hoje é dia de Rock", levava ao teatro todos os dias, multidões de jovens que voltavam noite após noite para assistir novamente a saga de uma família mineira, em sua ânsia de procurar novos rumos e de um pai conservador que lutava para permanecer." Minas não existe mais...Minas já morreu...afirmavam os filhos, opondo-se á vontade do patriarca da família.
A peça - rito de passagem da geração desbunde - falava da grande mudança para a Fronteira, de um incontido desejo de sair, de se desligar de um mundo "condenado". Encenava, em meio a um estonteante trabalho visual e sonoro que traduzia plasticamente a liturgia psicodélica da época, um vôo em direção às margens, no melhor estilo da utopia drop-out. "Quem nasceu para voar, voe no rumo do céu. Quem nasceu para cantar, cante. Teus pássaros viajam voando no espaço estreito da América, contra sertões, procurando ar, cor, luz, flor, pão. Pássaros viajam ao redor da Máquina, contra a Máquina, antes da Máquina e depois"- sentenciava Inca, a vidente, em um momento chave da peça. É assim que Izabel, regida pela visão da Fronteira, resgata a imagem de Elvis Presley (o grande e mágico Motor dessa História), que irrompe em cena de lambreta e materializa a possibilidade do seu vôo: "I love you...Nunca esperei que um dia, numa tarde de sábado, você podia sair de dentro do meu rádio para dizer olhando para mim: I love you... Quando eu queria sair de Minas e não sabia como... Como se eu fosse uma estrela caindo do céu, longe longe... Então eu imaginava você vindo, como eu te imaginava...
No texto e na encenação, a presença da fé fundamental que iluminou o projeto libertário da contracultura. A fé que orientou o sonho cujo primeiro grande impulso vem dos "rebeldes sem causa" de Elvis e Dean; que se define em seguida com a "grande recusa" da sociedade tecnocrática pelo flower power ao som dos Beatles e dos Rolling Stones; e que ganha, de forma inesperada, uma nova e mágica força no momento em que Lennon declara drasticamente: o sonho acabou. No Hoje é dia de rock, se não me falha a memória, um forte contingente jovem vislumbrou formalmente a viagem para o outro lado da margem, que oferecia naquela hora uma atração irresistível enquanto espaço de construção de um possível novo mundo, strawberry fields forever.
E as duas, idealistas que eram, resolveram encenar a peça na pequenina Miradouro...e foram á cata dos atores, entre os amigos e conhecidos.
O papel de Adélia, a esposa de Pedro Fogueteiro, coube à irmã.
A ìndia, ficou a cargo de sua colega e amiga Madalena Schettini.
Pedro Fogueteiro coube ao irmão de Madalena, Zezé Schettini.
Nonato interpretou Elvis Presley
Escobar reviveu o Davi
E Lelo deu vida ao Quincas.
Neusinha foi vivida por Eliane.
E os passantes foram vividos por alguns colonos da fazenda, entusiasmados por participarem de uma peça teatral , fazer teatro, como diziam, empolgados.
A bela trilha sonora foi gravada por Marco Aurélio (Lelo) no piano do Colégio Sion no Rio...e ficou lindíssima.
A primeira apresentação foi numa tulha de arroz na própria fazenda...todos que assistiram ficaram maravilhados...foi emocionante ver os olhos enternecidos daquelas pessoas humildes, foi gratificante receber os seus cumprimentos.
A nossa senhorinha não participou da peça como personagem...o marido não concordou...fez então a direção e ensaiou, junto com a irmã ,exaustivamente, todas aquelas pessoas que não haviam visto a peça e não sentiam a mesma emoção que elas...e era uma alegria vê-las interpretando, sentindo o texto, descobrindo nuances e coloridos em suas almas, nunca dantes vislumbrados.
O próximo passo foi apresentar a peça em Miradouro e foi nova vibração, com outra platéia, em nada melhor que a dos colonos que tanto as encantaram...as pessoas da cidade não viam com bons olhos estas "ideias modernas"e aplaudiram com alguma reserva.
O que ficou foi uma boa recordação desta primeira e única incursão pelo mundo das Artes Cênicas...o livro, autografado por José Wilker e outros atores foi emprestado à uma escola e ela nunca mais o viuE antes que a melancolia me domine,pisarei o chão devagarinho e me recolherei deixando para você,meu amigo leitor, a limpidez do olhar e a inocência da criança que ,dentro de mim,ainda habitam.
"São as crianças que vêem as coisas – porque elas as vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-Ias, já não as vêem mais. As coisas as mais maravilhosas – ficam banais. Ser adulto é ser cego"
.RUBEM ALVES
.
Bem, amigos por hoje é só...na próxima semana voltarei com mais proezas da Senhorinha.
Bjssssssssss
No texto e na encenação, a presença da fé fundamental que iluminou o projeto libertário da contracultura. A fé que orientou o sonho cujo primeiro grande impulso vem dos "rebeldes sem causa" de Elvis e Dean; que se define em seguida com a "grande recusa" da sociedade tecnocrática pelo flower power ao som dos Beatles e dos Rolling Stones; e que ganha, de forma inesperada, uma nova e mágica força no momento em que Lennon declara drasticamente: o sonho acabou. No Hoje é dia de rock, se não me falha a memória, um forte contingente jovem vislumbrou formalmente a viagem para o outro lado da margem, que oferecia naquela hora uma atração irresistível enquanto espaço de construção de um possível novo mundo, strawberry fields forever.
Escrita por José Vicente, a peça conta a história de uma família do interior de Minas Gerais que vive o conflito entre a tradição e a modernidade, o ficar e o partir. O autor se utiliza da viagem como elemento preponderante para simbolizar a tensão entre o desejo de permanecer fiel às origens e o de conhecer outros lugares, em especial as grandes cidades. O protagonista é Pedro, o pai, músico e maestro de banda, que persegue um alvo místico durante todo o decorrer da peça: procura uma clave de cinco notas, ainda não descoberta. Rubens Corrêa, ator e diretor do espetáculo, identifica o teatro ritualístico como "uma ligação do inconsciente do indivíduo com o todo, com o cósmico", que faz brotar em cena a magia de cada ação do cotidiano. O crítico Yan Michalski define a linguagem do espetáculo como realismo mágico, comparando suas personagens à de Cem Anos de Solidão: "Quando os intérpretes de Rock nos acolhem com pão, flores e fraternos sorrisos, dificilmente deixaremos de nos sentir atingidos, tão profundamente esta comunhão se acha enraizada numa situação dramática com a qual nos podemos identificar, e no olhar com o qual o autor, o diretor e os atores contemplam essa situação." A comunicação que o espetáculo estabelece com seu público leva-o a permanecer em cartaz mais de dois anos, como um fenômeno poucas vezes visto no teatro brasileiro. Segundo o crítico, "havia espectadores que iam revê-lo dezenas de vezes, como se estivessem visitando uma família pela qual se sentiam adotados, e a coleção de cartas que o grupo recebeu, autênticas declarações de amor, algumas das quais afirmando que o contato com o espetáculo havia mudado a sua vida, constitui uma documentação rara na história do nosso teatro".1 A encenação de Hoje É Dia de Rock marca a trajetória do Teatro Ipanema não apenas pela retomada do teatro ritualístico, iniciado com Diário de um Louco, 1964, e desenvolvido em O Arquiteto e o Imperador da Assíria, 1970, mas principalmente porque sintetiza e simboliza esteticamente todo o ideário da contracultura. Nas palavras de Yan Michalski, é "um inigualável monumento teatral à mentalidade de 'paz e amor' ".2 Notas 1. MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão: uma frente de resistência. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 50. 2. MICHALSKI, Yan. O teatro sob pressão: uma frente de resistência. Rio de Janeiro: Zahar, 1985, p. 50. Atualizado em 16/09/2009 |
E as duas, idealistas que eram, resolveram encenar a peça na pequenina Miradouro...e foram á cata dos atores, entre os amigos e conhecidos.
O papel de Adélia, a esposa de Pedro Fogueteiro, coube à irmã.
A ìndia, ficou a cargo de sua colega e amiga Madalena Schettini.
Pedro Fogueteiro coube ao irmão de Madalena, Zezé Schettini.
Nonato interpretou Elvis Presley
Escobar reviveu o Davi
E Lelo deu vida ao Quincas.
Neusinha foi vivida por Eliane.
E os passantes foram vividos por alguns colonos da fazenda, entusiasmados por participarem de uma peça teatral , fazer teatro, como diziam, empolgados.
A bela trilha sonora foi gravada por Marco Aurélio (Lelo) no piano do Colégio Sion no Rio...e ficou lindíssima.
A primeira apresentação foi numa tulha de arroz na própria fazenda...todos que assistiram ficaram maravilhados...foi emocionante ver os olhos enternecidos daquelas pessoas humildes, foi gratificante receber os seus cumprimentos.
A nossa senhorinha não participou da peça como personagem...o marido não concordou...fez então a direção e ensaiou, junto com a irmã ,exaustivamente, todas aquelas pessoas que não haviam visto a peça e não sentiam a mesma emoção que elas...e era uma alegria vê-las interpretando, sentindo o texto, descobrindo nuances e coloridos em suas almas, nunca dantes vislumbrados.
O próximo passo foi apresentar a peça em Miradouro e foi nova vibração, com outra platéia, em nada melhor que a dos colonos que tanto as encantaram...as pessoas da cidade não viam com bons olhos estas "ideias modernas"e aplaudiram com alguma reserva.
O que ficou foi uma boa recordação desta primeira e única incursão pelo mundo das Artes Cênicas...o livro, autografado por José Wilker e outros atores foi emprestado à uma escola e ela nunca mais o viuE antes que a melancolia me domine,pisarei o chão devagarinho e me recolherei deixando para você,meu amigo leitor, a limpidez do olhar e a inocência da criança que ,dentro de mim,ainda habitam.
"São as crianças que vêem as coisas – porque elas as vêem sempre pela primeira vez com espanto, com assombro de que elas sejam do jeito como são. Os adultos, de tanto vê-Ias, já não as vêem mais. As coisas as mais maravilhosas – ficam banais. Ser adulto é ser cego"
.RUBEM ALVES
.
Bem, amigos por hoje é só...na próxima semana voltarei com mais proezas da Senhorinha.
Bjssssssssss
28 comentários:
Miradouro era muito pequena para você. Se este marido desse asas você voaria e os céus seriam o seu limite.
Tenho certeza que farias muito sucesso se pudesses . Foste tolhida, podada, mas nem por isso, esse lado desapareceu. Está latente... beijos,tudo de bom,chica
Adorei! A Senhorinha está ficando mais moderna, rsrsrs! Eu curti muito os anos 70... Conheci meu 1º e falecido marido em 75... Obrigada pelo carinho e pelo comentário gentil! Um início de semana de paz e alegria!
Que o amor renovador e a Paz de Jesus Cristo habitem nossos corações sempre! Abraço carinhoso!
Elaine Averbuch Neves
http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/
Leninha,que grande texto o de hoje!Adorei saber sobre a peça de teatro que,infelizmente só conheço a fama,nunca assisti,mas foi super legal a iniciativa de vcs montarem a peça depois!Tb cheguei a fazer teatro,mas no tempo de colégio!...rss...bjs e meu carinho!
Sempre que é possível, venho a jato...apreciar mais um capítulo. Não assisti a Hoje é dia de Rock, mas lembro-me que foi m sucesso de público. Lia muito a coluna do Yam Michalski, no Jornal do Brasil.Era muito rígido, em suas críticas. Ele era professor da universidade em que eu lecionei no Rio.
Continuo acompanhando, essa deliciosa história de vida.
Beijos!
E a nossa história se mistura com a História.
Que grande álbum de recordações o teu.
Adorei o teu desfolhar de páginas.
Beijinho
Um álbum de recordações onde se funde a história pessoal com a História.
Adorei folhear este álbum contigo.
Beijinho
Saboreio aqui tempos que vi, outros que quis ver e não pude, todos os demais que vejo através de tua narrativa,amiga Leninha.
Tua ousadia foi premiada com a apresentação da peça em pleno coração das terras das Gerais.Parabéns!
Aqui venho sedenta a cada episódio.
Bjos entusiasmados,
Calu
Oi minha querida Leninha, não pude deixar de ver os primeiros comentarios, inclusive o da Chica, e concordo com ela.
Voce foi podada, inibida, não te deixaram voar.
Se tivessem deixado, duvido que não serias uma artista. E das boas!
Nao vi a peça, mas me lembro de ler no jornal. Na cidade onde eu morava não tinha teatro, perdi muita coisa boa daquela época.
Sua iniciativa de apresentar a peça para os colonos da fazenda foi corajosa demais! e na cidade então, sabendo como são os lugares pequenos, fico admirada de sua coragem.
Precisa ser muito corajosa mesmo, porque havia um grande preconceito contra mulheres "modernas demais". Não é verdade?
Uma pena, realmente uma pena.
Mas, isso não tirou seu brilho, e é isso o que importa.
Continuo adorando tudo, e esperando sempre pelo novo capitulo de sua vida.
Um grande beijo querida, parabéns pelas lindas lembranças.
OI LENINHA!
VIR AQUI É UMA VIAGEM.
ME ENCANTO COM TEUS RELATOS, POIS TENS COISAS RICAS A CONTAR, ATÉ PORQUE VIVEMOS NOSSA JUVENTUDE NESTA ÉPOCA FÉRTIL EM NOVIDADES, ERA O MUNDO E A JUVENTUDE SE ABRINDO PARA ESTES NOVOS TEMPOS, QUE AÍ, SE INICIARAM E DOS QUAIS, FOMOS PROTAGONISTAS.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI
Qtas recordações e histórias de vida,pena que tu não Participou , eu só fui ver uma peça depois de casada, pois meu pai era muito severo.
amei seu texto! bjss
Nossa Leninha que postagem deliciosa, adorei conhecer este lado teu, que pena que você foi podada, mas com certeza este lado está aí latente prontinho para sair e criar asas, beijos Luconi
E que mais esperar desta senhorinha sempre em busca da adrenalina para a fazer voar?E as asas são de repente cortadas fazendo rodopiar ainda mais os pensamentos em busca de novos desafios. Este entrelaçado de estórias que tão bem nos situam no teu tempo e no tempo das mudanças que elas provocaram nas metalidades dos jovens da época, fazem da tua narrativa uma deliciosa história com a vivacidade a que já nos habituaste!
Que maravilha Leninha...nada paga o´recordações como esta..Que bela Senhorinha, continua sabendo viver!
Ola Leninha,que beleza tua postagem.Tenhas um ótimo fim de semana e deixo aqui meu abraço com carinho.SU.
Oi Leninha, lindo os seus posts, um encanto, me fazem viajar ao passado junto com você.
Tenha uma linda semana e um bom começo de dezembro, que Deus derrame uma chuva de bençãos sobre a sua vida, bjs.
leninha
Que gostoso ler sobre esta parte de sua vida onde voce fez parte das artes cenicas.
Só sei que tudo que a gente passa nesta vida tem um objetivo pra depois a gente repassar aos filhos e amigos.
com amor monica
Esta Senhorinha deveria ter sido atriz,ensaísta,encenadora,eu sei lá...Bons tempos esses,apesar de tudo não correr como gostaríamos...
Que bom que é reviver o passado, narrado de uma maneira tão singela,porém, bela.
Bom fim de semana com um abraço da
Beatriz
Leninha
Bom passar por aqui e recordar deixo a minha AMIZADE
A amizade é uma coisa
Que chega e muitas vezes vai.
É difícil ficar... é difícil estar
Mas... olhamos e sabemos...
Sabemos que o amigo
És mesmo tu...
Que esperas por mim
E me levas contigo...
Não me deixas chorar
Pois choras por mim...
Estás sempre alerta
A qualquer hora me acodes...
E em todo o momento
Mesmo que não estejas...
Eu sei que estás...
Porque te sinto... AQUI!...
LILI LARANJO
Como sempre um post muito interessante e cheio de memórias.
Nunca li o livro mas entendo perfeitamente o sentimento de fuga dos personagens. Parecido com o que atualmente se vive em Portugal.
Um abraço e uma boa semana
Suas memorias são por demais preciosas...Querida minha!
bjsMeus
Catita
"Tenho alma de artista..." Não é assim o pedacinho daquela música? rsss
Leninhamada, que delícia "descobrir" você! Quanta coisa bacana nessas narrativas! Imagino o quanto vc deu de "dor de cabeça" pra esse marido.. rss... E penso aqui que, se ele de desse espaço... hum... onde vc estaria agora? rss
Bom demais, sempre, estar aqui!
Um beijo no coração e obrigada pelos carinhos lá nos nossos cantinhos...
Leninha querida, desculpe minha ausência.
Te li com calma e fui contigo nas lembranças, é como se eu fosse um passarinho voando do teu lado.
Gosto do jeito que escreves, és leveza nas palavras.
Um beijo enorme, de coração pra coração.
Obrigada por todo carinho para comigo.
Amei o texto.
Parabéns.
abração com carinho
Ao saltimbanco da rua
Ou ao artista da casa,
Aos de alma como a tua
Não se pode cortar asa;
Seja rápido ou lento,
Cedo ou tarde o talento
Cresce, transborda, extravasa.
Taí você pra provar. Beijos.
Linda noite minha amiga !!!!
E nas memorias dessa amiga quanta coisa ficou gravada...grande o tempo que te ofereceu grandes coisas para serem vividas ...o texto revela que fostes muito evoluída pra teu tempo...amo sempre ver sua superação...
bjssssssssssssssss
Oi Leninha, que experiência mais gostosa montar uma peça teatral numa fazenda, além do prazer pessoal, proporcionar algo tão diferente, novo aos olhos dos trabalhadores rurais, deve ter sido realmente gratificante.
E conte para nós qualquer hora Leninha, como lidava com o domínio masculino sobre as vontades femininas, sendo rebelde como parecia ser deve ter alguma passagem interessante. Se bem que dirigir deve ter sido ema delícia também. Parabéns!!!(com décadas de atraso! rs)
Beijos!
E aí dona diretora teatral, escondendo o jogo, né? Até agora não sabia dessa sua vertente... Ah Leninha, como é bom saber que viveu tudo isso.
Não assisti a essa peça em função da idade que tinha na época, mas tive um professor de português bem revolucionário e inovador que assistiu muitas vezes e tentava transmitir pra nossa turma a profundidade do tema abordado. Na época ele chovia no molhado. Estavamos em outra. Hoje, lendo sua postagem, fico a lamentar o desinteresse (dos meus colegas e meu)...
Bjks
Postar um comentário