E a primavera chegou...com suas flores, seu colorido e também na vida de nossa Senhorinha, um colorido novo e uma esperança...o filho tão aguardado chegou com a Primavera....era a música de Vivaldi para seus ouvidos, era o sonho de uma nova vida, com matizes diversos. ...
Deslumbrava-se com as cores que a cercavam em uma Muriaé onde os jardins eram floridos, a sogra preenchia os vasos com flores do campo e o ar era adocicado, povoado por doces aromas...fazia muito calor, mas ela sempre foi uma pessoa solar, amava o sol e gostava de sentí-lo penetrando em seus poros e bronzeando a sua pele.
Em setembro se comemora a festa da cidade e é realizada a Exposição Agro Pecuária...e todos os dias, ela e as cunhadas, desciam a rua Municipal (na realidade rua Arthur Bernardes,mas todos a chamavam assim) e se dirigiam para a Exposição, onde além do gado e dos produtos das fazendas, havia um parque de diversões, bem interiorano mesmo, com as músicas características e um locutor a oferecer, melhor dizendo, a repassar os oferecimentos de música que os rapazes dedicavam às moças.Era uma pândega! A cada dedicatória, uma declaração de amor ou de uma "profunda amizade".
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Exercícios para o Parto sem Dor diariamente executados, ela seguia em sua espera, vinte quilos a mais e coração na palma da mão... E o primo, ah o primo não cooperava nada, dizia que ela estava sonhando com algo que não existia, uma quimera...mas ela acreditava, tinha fé absoluta em sua capacidade de se relaxar e respirar corretamente...só não contava com imprevistos e estes costumam ocorrer sem aviso prévio. E foi o que aconteceu...
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No parto de seu filho Cacá e durante toda a gravidez, estava calma, tranquila e confiante...a vida corria sossegada como um barco em uma lagoa azul...os dias transcorriam serenos e as brincadeiras com Toninho, o filho mais velho, a tornavam ainda mais serena...o tempo escorregava em uma cascata de marshmallow ou um sundae imenso de chocolate...e quando o dia chegou, ela estava com a calma de uma Monalisa, plácida e serena.
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Desta vez, ao contrário, estava nervosa e irritadiça, com os nervos à flor da pele e uma sensação desagradável de perigo...só não sabia precisar o porquê desta impaciência e deste desassossego e se refugiava nas brincadeiras com os filhos e com os sobrinhos. E eles, filhos e sobrinhos adoravam aquelas noites de brincadeiras de guerra de travesseiros, de histórias sem fim e de conversas e sonhos...
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Mas, chegou o dia, tão esperado...as contrações vieram fortes e o seu controle emocional se foi...e pedia ao primo que chamasse o anestesista, pois seus exercícios de nada estavam adiantando...nem a respiração tão treinada, conseguia fazer. E veio o anestesista e ela mergulhou em um sono profundo, só acordando com o primo a mostrar-lhe o filho, outro menino, só que desta feita era uma criança maior que as outras e dera um trabalho grande ao nascer...estava com o cordão umbilical enrolado no pescoço e somente a maestria do primo o salvara.Respirou, então, aliviada, sentindo que toda aquela ansiedade se desfazia e o bom da vida era aquilo, um filho nos braços e a esperança no coração.
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O pai e a mãe chegaram e ele lhe fez um pedido...que desse o nome de seu pai ao filho recém nascido...e assim foi feito e o seu nome, Antônio Augusto .Um nome forte de um avô a quem ela sempre amara.
Antônio Augusto era uma criança calma e alegre, de bem com a vida, não chorava nunca e mamava como um bezerrinho...só não aceitou o peito e o leite abundante da mãe...parecia ter aversão ao leite materno e foi alimentado com mamadeira, desde os seus primeiros dias. E que mamadeiras! Rapidamente atingiu os 200 ml e não se contentava...criança forte, não teve as dores de barriga habituais dos bebês e cresceu forte e saudável, com as bençãos de Deus.Os irmãos o paparicavam, os priminhos também.Era uma alegria para todos!
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Amigos, por hoje é só. Voltem na próxima semana, tá?
Bjsssssssssss