Sonhar e realizar os sonhos...viver todos os momentos com intensidade,sentir o encanto das manhãs e a magia do entardecer...voar nas asas do sonho e dos encantos.
SONHOS E ENCANTOS
terça-feira, maio 19, 2020
MEMÓRIAS DE UMA SENHORINHA
O ENCANTO NOSSO DE CADA DIA!
Ainda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda feira eterna?
A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência.
" Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.
O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, deixou de cantar.
Foi então que a menina descobriu que, o canto do pássaro só existia, porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto, a parcela de encanto que seria necessário, para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência... Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!
Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.
Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.
Pe.Fábio de Melo
Por enquanto, nossa senhorinha está cantando, livre e solta... faz suas descobertas e se encanta com o encanto de cada dia... um sonho ela vive e se apropria dos momentos e de cada minuto, saboreando alegrias como frutas maduras e suculentas, urdindo belezas como se um tear mágico possuisse, espreguiçando flores e dormindo luares...
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E ela ia de espanto em espanto... e se maravilhava... o quarto dos sogros, também finamente decorado, com uma bela mobília de cedro e desta se destacando o enorme guarda roupa com três belíssimos espelhos em bisoté, francês legítimo...
Parecido com este da foto, apenas mais claro, era um imponente armário e dominava o ambiente.
O banheiro era uma verdadeira sala de banhos, com uma banheira antiga, de louça, torneiras redondas e decoradas, um primor.
E ela se recordava da casa da avó, e de suas dores de cabeça quando os filhos viajavam... só melhorava após um banho prolongado de banheira. E sentia saudades daquela infância tão feliz e despreocupada..
Continuando a percorrer a casa, com os olhos de nossa senhorinha, vamos encontrar mais quatro quartos: um ao lado da sala de estar, com uma cama patente de solteiro e outro ao lado deste (antiga sala íntima da sogra, onde ficavam o seu piano e um jogo de cadeiras de palhinha com um fino trabalho de marchetaria*) ocupado por uma cama de casal,também patente... não sei se todos conhecem as camas patentes, mas na época eram muito usadas.
*
*Esta mobília da sogra foi levada para Muriaé,para a casa da cidade... os "coronéis" gostavam de ter uma casa na cidade e outra na roça... a sogra habitou a casa da fazenda por pouco tempo. De saúde delicada, diabética, temia ficar tão longe da cidade e da família paterna. (as estradas não eram asfaltadas e quando chovia ficavam intransitáveis)
Voltando à sala íntima... com a mudança da sogra para a cidade o que era sala passou a ser quarto de hóspedes e por este motivo uma cama patente de casal foi ali colocada.
Mais dois quartos possuía a casa, com portas para a sala de jantar: o primeiro, com duas camas de solteiro e o segundo com um divã e uma geladeira, à gás de querosene. Não poderia ser elétrica, pois a luz da fazenda era desligada todos os dias por ser de corrente alternada. E o sogro todas as noites gritava para o fiel colono que morava ao lado da serraria:
"-Otávio, limpa a grade!!!" e logo depois:" -Otávio, liga a luz!!!
E com a luz ligava-se o rádio e a casa se enchia de música... e os colonos mais chegados vinham para a casa da fazenda afim de jogar o "Truco"e gritavam, fazendo uma enorme algazarra e nossa menina se divertia com isto... não havia televisão e a diversão era esta.
A cidade de Miradouro era também o seu motivo de diversão, com suas "vendas "antigas, balcões de madeira e uma infinidade de artigos em um mesmo estabelecimento comercial... tecidos, panelas, brinquedos, cadernos e uma pessoa só, para atender aos fregueses.
E as padarias, com suas caçarolas italianas(a de Dona Adelina, do sêo Brás, era a mais famosa, uma maravilha de se comer de joelhos). Os pães, deliciosos, de milho, sovado, italiano e vários outros, todos "de verdade", farinha pura sem os aditivos que hoje se colocam.
A Praça Sta Rita, como de Sta Rita era também a linda Igreja, no alto , abençoando a cidade... cidade que mais parecia um presépio, linda e pequenina, com seus moradores simpáticos e que a acolheram com o seu carinho e sua hospitalidade.
E muitas, muitas flores nos jardins da encantadora Praça, da qual ela se iria recordar quando a melodia com este nome foi lançada:
"A mesma praça,o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim..."
À tardinha,as pessoas ali se reuniam e era como que uma revoada... as crianças brincando e os adultos proseando como se o tempo houvesse parado... os beija flores e as borboletas em torno das flores, o sino da Igreja tocando as Ave Marias, uma vida de sonho ou um sonho de vida?
Vamos deixar a nossa senhorinha na praça, usufruindo de uma beleza que parecia ser eterna e uma pausa faremos...
Semana que vem estaremos aqui.
Bjsssssssss
domingo, maio 17, 2020
Memorias de uma senhorinha
E o sonho,ah, o sonho continuava...e ela não queria despertar,borboleta fora do casulo, o que mais queria era voar...
E, após as festividades em homenagem ao Presidente de Portugal, não havia mais sentido em continuarem em um hotel no centro da cidade, muito lindo,muito confortável, mas distante do mar que ela tanto amava. Por sugestão do cunhado, estudante de Direito e morador do Rio de Janeiro , que passou a ciceroneá-los, mudaram-se para o Luxor Hotel, em Copacabana, de frente para o mar e próximo a cinemas e teatros.
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Postado por SAUDADES DO RIO em 06/10/2008 07:02
HOTEL LUXOR - 1957
.
Em 1957, há 51 anos, realizou-se no Rio o 11º Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino.
Duas integrantes do time da Hungria , segundo reportagens da época, chamaram a atenção por frequentarem
a praia de Copacabana com maiôs de duas peças.
Provavelmente a delegação húngara estaria hospedada no Luxor Hotel, que se vê ao fundo, situado na Avenida Atlântica entre as ruas Figueiredo Magalhães e Santa Clara.
Atualmente a fachada principal do Luxor Hotel está bem diferente desta que vemos na foto, não tendo mais as varandas.
Podemos observar que o paredão de prédios ainda não estava completo, com espaços livres entre as construções que permitem a visão dos prédios da Rua Domingos Ferreira.
Com o cunhado conheceram os melhores restaurantes,os melhores cinemas e teatros e visitaram os pontos turísticos mais interessantes da cidade.
A confeitaria Colombo, deslumbrante, com seus espelhos e sua decoração art nouveau era um ponto alto nas atrações da época.
Entre 1912 e 1918 os salões do interior da confeitaria foram reformados, com um toque Art Nouveau, com enormes espelhos de cristal trazidos da Antuérpia, emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá. Os móveis de madeira do interior foram esculpidos na mesma época pelo artesão Antônio Borsoi.
Os cafés e confeitarias eram tradicionais pontos de encontro da sociedade e de intelectuais (VELLOSO, 2000). A tradicional Confeitaria Colombo abriu filial na Avenida Nossa Senhora de Copacabana em 1945.
A repressão do Estado Novo fechou bares e clubes musicais na Lapa e arredores, logo os freqüentadores dessa vida noturna, isto é, os músicos, poetas, jornalistas e boêmios gradualmente migraram para Copacabana, que já abrigava diversos locais importantes de sociabilidade, especialmente com o glamour e agitação dos cassinos e o intimismo das boates e nightclubs. A maioria dessas casas noturnas pertencia:
A homens de negócios, a homens que querem mais do que nada lucro, lucro e lucros. Então alguns atropelam, fazendo do uísque uma mistura rala e multiplicada, para que seus bolsos encham. Em Paris, parece, há mais de diferente neste espírito noturno. O homem da noite paga alto para ver coisas que realmente valem seus preços e nunca por um cartaz sem cartaz, ou um “show” mambembe, de mau gôsto e de mau jeito.
..............................................................................
E os cinemas...
Na primeira década do século foi inaugurado o primeiro cinema do bairro na Praça Serzedelo Correa. Em 1910, foi aberto o Cinema Copacabana, o Cinema Atlântico, em 1920 e o Cinema Roxy inaugurado em 1937. Na década de 1940, o Atlântico foi rebatizado como Ritz, além da inauguração das novas salas: Metro, Rian, Alvorada, Caruso, Ricamar e Riviera. A partir de 1957, a Galeria Alaska abrigou dois cinemas, o Alaska e o Royal, além do restaurante alemão no subsolo, o Katacombe, que posteriormente virou nightclub.
O primeiro filme a que assistiu:Morangos Silvestres.
Dirigido por Ingmar Bergman, este filme sueco a impressionou e marcou por muitos anos.
Outros viriam,era apaixonada por cinema...
E o sonho,ah, o sonho continuava...e ela não queria despertar,borboleta fora do casulo, o que mais queria era voar...
E, após as festividades em homenagem ao Presidente de Portugal, não havia mais sentido em continuarem em um hotel no centro da cidade, muito lindo,muito confortável, mas distante do mar que ela tanto amava. Por sugestão do cunhado, estudante de Direito e morador do Rio de Janeiro , que passou a ciceroneá-los, mudaram-se para o Luxor Hotel, em Copacabana, de frente para o mar e próximo a cinemas e teatros.
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HOTEL LUXOR - 1957
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Em 1957, há 51 anos, realizou-se no Rio o 11º Campeonato Mundial de Basquetebol Feminino.
Duas integrantes do time da Hungria , segundo reportagens da época, chamaram a atenção por frequentarem
a praia de Copacabana com maiôs de duas peças.
Provavelmente a delegação húngara estaria hospedada no Luxor Hotel, que se vê ao fundo, situado na Avenida Atlântica entre as ruas Figueiredo Magalhães e Santa Clara.
Atualmente a fachada principal do Luxor Hotel está bem diferente desta que vemos na foto, não tendo mais as varandas.
Podemos observar que o paredão de prédios ainda não estava completo, com espaços livres entre as construções que permitem a visão dos prédios da Rua Domingos Ferreira.
Com o cunhado conheceram os melhores restaurantes,os melhores cinemas e teatros e visitaram os pontos turísticos mais interessantes da cidade.
A confeitaria Colombo, deslumbrante, com seus espelhos e sua decoração art nouveau era um ponto alto nas atrações da época.
Entre 1912 e 1918 os salões do interior da confeitaria foram reformados, com um toque Art Nouveau, com enormes espelhos de cristal trazidos da Antuérpia, emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá. Os móveis de madeira do interior foram esculpidos na mesma época pelo artesão Antônio Borsoi.
Os cafés e confeitarias eram tradicionais pontos de encontro da sociedade e de intelectuais (VELLOSO, 2000). A tradicional Confeitaria Colombo abriu filial na Avenida Nossa Senhora de Copacabana em 1945.
A repressão do Estado Novo fechou bares e clubes musicais na Lapa e arredores, logo os freqüentadores dessa vida noturna, isto é, os músicos, poetas, jornalistas e boêmios gradualmente migraram para Copacabana, que já abrigava diversos locais importantes de sociabilidade, especialmente com o glamour e agitação dos cassinos e o intimismo das boates e nightclubs. A maioria dessas casas noturnas pertencia:
A homens de negócios, a homens que querem mais do que nada lucro, lucro e lucros. Então alguns atropelam, fazendo do uísque uma mistura rala e multiplicada, para que seus bolsos encham. Em Paris, parece, há mais de diferente neste espírito noturno. O homem da noite paga alto para ver coisas que realmente valem seus preços e nunca por um cartaz sem cartaz, ou um “show” mambembe, de mau gôsto e de mau jeito.
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E os cinemas...
Na primeira década do século foi inaugurado o primeiro cinema do bairro na Praça Serzedelo Correa. Em 1910, foi aberto o Cinema Copacabana, o Cinema Atlântico, em 1920 e o Cinema Roxy inaugurado em 1937. Na década de 1940, o Atlântico foi rebatizado como Ritz, além da inauguração das novas salas: Metro, Rian, Alvorada, Caruso, Ricamar e Riviera. A partir de 1957, a Galeria Alaska abrigou dois cinemas, o Alaska e o Royal, além do restaurante alemão no subsolo, o Katacombe, que posteriormente virou nightclub.
O primeiro filme a que assistiu:Morangos Silvestres.
Dirigido por Ingmar Bergman, este filme sueco a impressionou e marcou por muitos anos.
Outros viriam,era apaixonada por cinema...
No caminho da Universidade de Lund, onde receberá um prêmio pelos 50 anos de carreira, o professor de medicina Isak Borg (interpretado pelo cineasta Victor Sjöstrom) relembra os principais momentos de sua vida, temendo a morte que se aproxima.
Vários outros a encantaram: Sissy, a Imperatriz; Sissy e seu Destino; Em cada coração uma saudade, e muitos, muitos mais...
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E a viagem estava chegando ao fim... outra começaria, uma viagem à vida real, temida por ela por ser uma experiência totalmente nova... a menina de caracóis, transformada em dona de casa e fazendeira.
Vamos conhecer a casa onde tudo começaria... no interior das Minas Gerais, distante apenas quinze minutos (de charrete)da simpática cidadezinha de Miradouro.Só tenho esta foto, da casa ainda em construção... à varanda foi acrescentada uma bela escada e um balaústre de madeira torneada. Ao redor da casa um terreiro de café e coqueiros à toda volta. E foi assim que nossa senhorinha conheceu a casa, já pronta, com um jardim à sua frente, o terreiro de café e os coqueiros.
A saleta de entrada exibia uma pintura executada por um famoso pintor da região. As janelas da frente (3) e as duas do lado esquerdo eram do quarto do casal, enorme, com uma ante sala... uma pia de louça delicadíssima, com desenhos finamente criados, era o destaque deste cômodo.Aliás, todos os aposentos da casa contavam com um lavatório deste mesmo calibre.
Após a saleta, adentrava-se a uma sala de jantar, esmeradamente pintada com uma barra imitando madeira e um rodateto com pinturas de delicadas flores.
No meio do aposento, destacava-se a mesa,imensa, com 12 lugares... uma cristaleira toda espelhada, logo atrás e um outro móvel, uma espécie de aparador com tampo de mármore cinza e um espelho... um corredor saía desta sala e ia ter na cozinha, com um enorme fogão à lenha reinando, absoluto, no centro e uma outra mesa, um pouco menor que a da sala, no canto direito... prateleiras rodeavam a cozinha, com as panelas de ferro, os enormes caldeirões, o moinho de café, a máquina de moer carne e o torrador de café, uma traquitana antiga à qual ela ainda não havia sido apresentada... ah, e o velho machambombo (ferro de passar roupa à carvão).
Imaginem o choque de nossa amiguinha ao se aperceber como dona de uma casa tão grande,com empregadas que a olhavam espantadas...com certeza admirando-se com sua pouca idade,seu porte franzino e seu ar de cidade.
Um detalhe ficou esquecido...na sala de jantar,convivendo com a bela mobília,a um canto,uma pilha de sacos de café!!!
Eu estou indo,mas na semana que vem,estarei de volta...aguardem.
Bjssssssss
A saleta de entrada exibia uma pintura executada por um famoso pintor da região. As janelas da frente (3) e as duas do lado esquerdo eram do quarto do casal, enorme, com uma ante sala... uma pia de louça delicadíssima, com desenhos finamente criados, era o destaque deste cômodo.Aliás, todos os aposentos da casa contavam com um lavatório deste mesmo calibre.
Após a saleta, adentrava-se a uma sala de jantar, esmeradamente pintada com uma barra imitando madeira e um rodateto com pinturas de delicadas flores.
No meio do aposento, destacava-se a mesa,imensa, com 12 lugares... uma cristaleira toda espelhada, logo atrás e um outro móvel, uma espécie de aparador com tampo de mármore cinza e um espelho... um corredor saía desta sala e ia ter na cozinha, com um enorme fogão à lenha reinando, absoluto, no centro e uma outra mesa, um pouco menor que a da sala, no canto direito... prateleiras rodeavam a cozinha, com as panelas de ferro, os enormes caldeirões, o moinho de café, a máquina de moer carne e o torrador de café, uma traquitana antiga à qual ela ainda não havia sido apresentada... ah, e o velho machambombo (ferro de passar roupa à carvão).
Imaginem o choque de nossa amiguinha ao se aperceber como dona de uma casa tão grande,com empregadas que a olhavam espantadas...com certeza admirando-se com sua pouca idade,seu porte franzino e seu ar de cidade.
Um detalhe ficou esquecido...na sala de jantar,convivendo com a bela mobília,a um canto,uma pilha de sacos de café!!!
Eu estou indo,mas na semana que vem,estarei de volta...aguardem.
Bjssssssss
quarta-feira, maio 13, 2020
MEMÓRIAS DE UMA SENHORINHA
Bandolins |
E a nossa menina,romântica e cheia de ilusões tem a sua primeira decepção: terá que viajar para Belo Horizonte, afim de conhecer a avó do marido e seus tios que não puderam ir ao casamento.
Uma nova viagem em sua vida,em um luxuoso trem, completamente diferente daqueles nos quais viajara um dia.
Depois do
Cruzeiro do Sul, do Noturno Mineiro, N-1 e N-2, do Rápido R-1 e R-2 foi
a vez dos magníficos e gloriosos trens Vera Cruz e Santa Cruz,
novamente entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte no caso do Vera Cruz e
entre Rio de Janeiro e São Paulo, no caso do Santa Cruz.
E como a bailarina da melodia, ela se preparava para um sonho,ao som dos bandolins... e ela já começava a achar a valsa um pouco triste,apesar do aparato que a cercava.A família os esperava na grande estação.Tios sisudos e esposas orgulhosas.Sentia-se em um filme para o qual não havia sido ensaiada.
Era uma menina ingênua e acanhada,não estava habituada ao convívio de pessoas de alta estirpe.Os dias passados em Belo Horizonte nunca mais sairiam de sua memória.
A avozinha, simpática e bondosa a acolheu com carinho e, talvez tenha se enxergado naquela menina simples e terna. Foi um bálsamo encontrá-la.
Após alguns intermináveis dias de jantares pomposos, nos quais seus lindos vestidos afiguravam-se meros trapos diante das suntuosas roupagens daquelas senhoras, chegou o dia da partida. Seu coração agradecia a Deus pelo término daquela visita supliciante.
Novamente o trem a conduziu de volta ao Rio de Janeiro, onde , desta feita , se hospedou no Hotel Guanabara, na Av. Rio Branco.
Localizado
na esquina das Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco,
bem próximo da Igreja da Candelária, Museu da
Marinha, Museu de Belas
Artes, Museu da República,
Casa França Brasil, Teatro
Municipal, Biblioteca
Nacional, Câmara do Vereadores, Mosteiro
de São Bento.
E nossa menina, visitando todos estes locais,se maravilhava com a beleza do Rio de Janeiro, capital federal na época.E uma visita célebre aportaria à cidade e do hotel ela poderia assistir às solenidades.
"Ao som dos hinos nacionais de Portugal e do Brasil, do bimbalhar
dos sinos das igrejas, do estrugir dos foguetes que sobem aos ares, das
sereias dos navios na Baía de Guanabara, desembarca no Cais do Arsenal
de Marinha o Presidente de Portugal.
Depois de 1808, quando chegou ao Rio de Janeiro o Príncipe-Regente
D. João VI, é o General Craveiro Lopes o segundo Chefe-de-Estado de
Portugal que vem visitar o Brasil".
E os sentimentos se multiplicavam na cabeça de nossa menina... entusiasmo por estar participando de um momento histórico da vida do seu país e emoção incontida ao se ver e se sentir fazendo parte destas solenidades, mesmo que à distância.
Uma nova viagem em sua vida,em um luxuoso trem, completamente diferente daqueles nos quais viajara um dia.
Depois do
Cruzeiro do Sul, do Noturno Mineiro, N-1 e N-2, do Rápido R-1 e R-2 foi
a vez dos magníficos e gloriosos trens Vera Cruz e Santa Cruz,
novamente entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte no caso do Vera Cruz e
entre Rio de Janeiro e São Paulo, no caso do Santa Cruz.
E como a bailarina da melodia, ela se preparava para um sonho,ao som dos bandolins... e ela já começava a achar a valsa um pouco triste,apesar do aparato que a cercava.A família os esperava na grande estação.Tios sisudos e esposas orgulhosas.Sentia-se em um filme para o qual não havia sido ensaiada.
Era uma menina ingênua e acanhada,não estava habituada ao convívio de pessoas de alta estirpe.Os dias passados em Belo Horizonte nunca mais sairiam de sua memória.
A avozinha, simpática e bondosa a acolheu com carinho e, talvez tenha se enxergado naquela menina simples e terna. Foi um bálsamo encontrá-la.
Após alguns intermináveis dias de jantares pomposos, nos quais seus lindos vestidos afiguravam-se meros trapos diante das suntuosas roupagens daquelas senhoras, chegou o dia da partida. Seu coração agradecia a Deus pelo término daquela visita supliciante.
Novamente o trem a conduziu de volta ao Rio de Janeiro, onde , desta feita , se hospedou no Hotel Guanabara, na Av. Rio Branco.
Localizado
na esquina das Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco,
bem próximo da Igreja da Candelária, Museu da
Marinha, Museu de Belas
Artes, Museu da República,
Casa França Brasil, Teatro
Municipal, Biblioteca
Nacional, Câmara do Vereadores, Mosteiro
de São Bento.
E nossa menina, visitando todos estes locais,se maravilhava com a beleza do Rio de Janeiro, capital federal na época.E uma visita célebre aportaria à cidade e do hotel ela poderia assistir às solenidades.
"Ao som dos hinos nacionais de Portugal e do Brasil, do bimbalhar
dos sinos das igrejas, do estrugir dos foguetes que sobem aos ares, das
sereias dos navios na Baía de Guanabara, desembarca no Cais do Arsenal
de Marinha o Presidente de Portugal.
Depois de 1808, quando chegou ao Rio de Janeiro o Príncipe-Regente
D. João VI, é o General Craveiro Lopes o segundo Chefe-de-Estado de
Portugal que vem visitar o Brasil".
E os sentimentos se multiplicavam na cabeça de nossa menina... entusiasmo por estar participando de um momento histórico da vida do seu país e emoção incontida ao se ver e se sentir fazendo parte destas solenidades, mesmo que à distância.
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Recepcionado pelo Presidente Juscelino Kubitschek,
ambos desfilaram pela Avenida Atlântica em carro
aberto, coisa impensável nos dias atuais, quando os
governantes têm que se esconder do povo.
Os gritos de "Viva Portugal" e "Viva o Brasil"! ecoavam
na avenida. O entusiasmo tomava conta do povo!
Fonte: Blog Saudades do Rio
luizd.rio@uol
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E durante uma semana a nossa menina que um dia foi de
cachos, depois de tranças e, mais tarde de cabelo Chanel,
se alegrou com as festas e não queria perder nem um
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