Vou lhes falar um pouco da Aldeia de Arcozelo,um local fascinante que,na época,era muito visitado por alunos de escolas públicas:
Fica no município de Paty do Alferes e só este nome era o bastante para alimentar as fantasias de todos:alunos, a irmã e ela,nossa senhorinha,que adorava conhecer lugares e sua história.
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Aldeia de Arcozelo
A origem da Aldeia de Arcozelo remonta ao apogeu do ciclo do café. Era a antiga Fazenda da Freguesia, uma das propriedades do Capitão-Mor Manoel Francisco Xavier, que durante muitos anos foi dos grandes produtores de Paty do Alferes e palco da mais importante fuga de escravos da região, liderada por Manoel Congo.Pelas mãos do Embaixador Paschoal Carlos Magno, transformou-se na Aldeia de Arcozelo, um complexo cultural com o objetivo de ser um centro permanente de realizações artísticas.
Através do sonho de Paschoal, um dos nomes de maior relevância na trajetória do teatro brasileiro, foram construídos o Anfiteatro Itália Fausta, o Teatro Renato Vianna, salas de exposições e oficinas, a Biblioteca, além de uma área reservada para hospedagem e alimentação dos participantes de eventos lá realizados, tais como o Festival de Teatro Amador do Estado do Rio de Janeiro e o Encontro de Corais das Escolas Estaduais do Rio de Janeiro.
Numa justa homenagem aos tantos escravos que ali viveram, Paschoal Carlos Magno construiu uma pequena capela onde ainda podem ser vistas imagens de santos negros hoje reverenciados como a Escrava Anastácia e instrumentos para castigos usados à época.
Hoje a Aldeia de Arcozelo é administrada pela Funarte – Fundação Nacional de Arte, do Ministério da Cultura e aberta à visitação.
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Em 1700, Garcia Rodrigues Pais, filho de Fernão Dias Paes Leme, o Caçador de Esmeraldas, abriu o Caminho Novo ligando as Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro. Este caminho passaria, nos anos seguintes, a ser a principal rota de comunicação de escoamento do ouro produzido nas Minas Gerais e o rota dos imigrantes para o interior, substituindo o antigo caminho, que terminava em Parati.
Pati do Alferes começou, então, a se desenvolver em ritmo acelerado no século XVIII a partir da ocupação de terras da sesmaria de Pau Grande. Viajantes como Monsenhor Pizarro e Frei Antonil percorreram o Caminho Novo no século XVIII e deixaram descrições de uma região que apenas servia de passagem entre o porto do Rio de Janeiro e as ricas Minas Gerais, com grandes florestas virgens e com índios coroados que por elas perambulavam. Frei Antonil descreveu sua viagem no livro Cultura e opulência do Brasil, datado de 1711, no qual cita a sesmaria de Pau Grande (no atual distrito de Avelar) como uma roça que principiava a ser desbravada em plena selva. Muitos sesmeiros logo se agruparam em torno deste primeiro núcleo.
Acredita-se que o nome Pati do Alferes venha da união do nome do posto militar de alferes (no Brasil, equivalente ao posto de segundo-tenente) ao vocábulo indígena dado a uma palmeira abundante na região - o pati - que começou a se delinear às margens do Caminho Novo.6 Ademais, registros históricos apontam para dois alferes de ordenança, Leonardo Cardoso da Silva e Francisco Tavares (depois capitão), cujas propriedades viriam a ser conhecidas como Roça do Alferes. Também havia muitos patis que davam nome à toda região desde a serra até as margens do Rio Paraíba do Sul. O nome vem do tupi árvore que se eleva, designando uma palmeira da família Syagrus (Syagrus pseudococos), também chamada de palmito-amargoso. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada para pa'ti, paty e finalmente para pati. Assim, a antiga Roça dos Alferes passou a ser chamada de Pati do Alferes para distinguir-se da localidade de Pati, atual Andrade Pinto, em Vassouras.
Fonte: WIKiPÉDIA
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E esta história encantava a nossa senhorinha, já se vendo a viver naquela época,com aqueles trajes das damas de antigamente,a desbravar o Caminho Novo, em busca de novas aventuras e novíssimos horizontes.O romantismo sempre foi um traço exacerbado de sua personalidade intensa e sonhadora.A realidade do lugar podia até não corresponder às suas expectativas mas ela não dava o braço a torcer,via o que sua imaginação projetava e nem se importava se as construções estivessem maltratadas, o barro as impedisse de passar em alguns lugares com seus sapatinhos delicados da cidade(e ela que gostaria de ter se embrenhado na mata,com os trajes de dama antiga,não conseguir nem mesmo andar em alguns lugares,com seu traje dos dias de hoje).E era sempre uma calça jeans e uma sapatilha de tecido e sola de corda.
Voltavam para casa, realizadas,cantando e com muitas fotos para revelar.Ah se tivessem estas modernas câmeras digitais que temos hoje...