PADRE JULIO MARIA |
Começa em janeiro de 2015 o processo de beatificação do padre Júlio Maria de Lombaerde (1878-1944). Nascido na Bélgica, ele passou os últimos 16 anos de sua vida em Minas Gerais, onde se dedicou à criação de escolas, hospitais, asilos e congregações. Atualmente o padre tem o título de Servo de Deus, mas em janeiro do ano passado o Vaticano autorizou a abertura do processo de beatificação.
A fase diocesana do processo de beatificação e posterior canonização do missionário terá início em Manhumirim, na Zona da Mata, de onde vem a mobilização para reconhecê-lo como santo. O bispo diocesano de Caratinga, dom Emanuel Messias de Oliveira é o responsável pelos procedimentos. Entre os dias 22 e 24 de janeiro será realizado um simpósio com palestras e oficinas sobre temáticas relacionadas à vida e obra do padre Júlio Maria. Participantes de outros estados brasileiros são aguardados.
Sabedora de tal fato estou enviando para a Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora o relato de um milagre ocorrido em nossa família por intermédio do Pe Julio Maria
Meu nome é Helena Maria Oliveira Brandão de Rezende. Resido atualmente em Teresópolis/ RJ, porém sou natural de Manhumirim/ MG.
Este relato me foi feito por minha mãe, hoje
falecida,
Maria Helena de Oliveira.
No ano de 1952 ,minha mãe estava grávida e, segundo suas próprias palavras, correndo o risco de perder a vida ou a vida da criança, por ser uma gravidez de altíssimo risco, devido à problemas de hipertensão arterial somados à sua idade e outros problemas de saúde.
Já era mãe de duas filhas e sempre teve
dificuldades de levar à termo a gravidez. Seu médico já a havia advertido
quanto ao risco de uma nova gravidez. Morava
ainda em Manhumirim quando nascemos, minha irmã e eu.
Na época da terceira gravidez, residíamos em
Muriaé/MG e ela não havia se esquecido das recomendações de seu médico, porém
quis tentar assim mesmo, sonhando com o nascimento de um filho que seria a
realização de um desejo dela e de meu pai, uma vez que só tinham filhas.
Foi uma gravidez atribulada, suas pernas
constantemente inchadas, uma dieta de total abstenção do sal, um desânimo
constante e o receio enorme do que poderia acontecer.
Em Manhumirim aprendera a estimar o Pe. Júlio Maria
e a ouvir os seus conselhos. Assinava o jornal "O Lutador" e todos
nós o líamos. Morávamos em Pouso Alegre quando o padre sofreu o terrível
acidente no qual perdeu a vida. Minha mãe passou a rezar sempre por ele e
quando nos mudamos para Muriaé, esta devoção a acompanhou.
Na gravidez sentiu que só ele poderia ajudá-la. E
quando se aproximava a data do parto foi a ele que se dirigiu, prometendo-lhe
que se a criança se salvasse dar-lhe-ia o nome de Julio Maria (tinha quase
certeza que seria um menino).
Após um parto demorado e difícil, nasceu o meu
irmão, com baixo peso. Nas condições da
medicina da época, a sobrevivência de um recém nascido prematuro de baixo peso
era dificílima, só mesmo um milagre. E este realmente aconteceu. Hoje meu irmão
que se chama Julio Maria de Oliveira, conforme a promessa feita por minha mãe,
encontra-se com 62 anos e com perfeita saúde, é médico em Teresópolis / RJ. Não
por coincidência, soubemos que a medicina era uma das áreas de maior interesse
do Pe. Júlio Maria.